TROCAS NÃO SERÃO REALIZADAS SE O LACRE ESTIVER ROMPIDO
A primeira respiração acende um arrepio: a bergamota ilumina como um raio dourado, enquanto a pimenta-rosa desperta um calor que provoca, atiça e chama para mais perto. É o início da luxúria — suave por fora, incendiária por dentro.
Logo, o perfume se abre como um jardim proibido.
O jasmim sambac sobe quente, luminoso.
A rosa damascena desabrocha com sensualidade antiga, poderosa.
A tuberosa exala sua ousadia cremosa, quase indecente, enquanto o ylang-ylang envolve tudo com desejo macio e pulsante.
É aqui que Luxúria toma forma: floral, carnal, irresistível.
Então vem o toque final — aquele que faz a pele lembrar.
A baunilha aquece como beijo demorado,
o sândalo sustenta com profundidade hipnótica,
e o musk abraça tudo em um véu quente, íntimo, viciante.
Assim dança Luxúria no corpo:
curta, intensa, iluminada por flores proibidas,
profunda como um desejo que não pede permissão.
Um perfume que não se usa — se invoca.
